Recomeço

2 set 2016

 

Recomeçar é preciso sempre!

Muitas vezes nos deparamos com situações adversas que levam ao eminente desespero e desânimo. Pensamos em desistir ou procuramos enlouquecidamente por uma resposta que justifique a tal circunstância, porém não encontramos. Aparentemente, o caminho óbvio seria a acomodação. Desistir da caminhada. Afinal, porque tantas lutas? Contudo, é necessário seguir a vida.

As melhores vitórias e recompensas surgem após grandes tribulações. Em determinados momentos temos que mudar o curso de nossas vidas, abandonar hábitos que nos prendem, evitar pessoas que nos entristecem, vícios que podem levar a morte física ou emocional.

Coragem no meio do caos é difícil, mas não é impossível.

Só sabemos o quanto uma nova situação é melhor depois que choramos compulsivamente pela perda de uma antiga. Por exemplo, uma nova oportunidade de trabalho só é vista com bons olhos após a perda de um velho emprego. E, assim acontece em vários aspectos de nossas  vidas.

Temos uma enorme dificuldade para lidar com coisas novas. Às vezes, ficamos presos em sofrimentos por medo de buscar algo novo. Se pararmos para  prestar atenção, adaptamos ao sofrimento em detrimento de ousarmos na busca do novo.

Felizmente ou infelizmente, a vida nos impõe mudanças de forma compulsória. Em certos momentos somos impelidos a sair da zona de conforto, criar forças e nos movimentar mesmo diante da circunstância desesperadora.

Temos que ter em mente aonde queremos chegar, quais são nossos objetivos e partir para as ações. Ao começarmos agir, não damos lugar para a sabotagem. É comum repetirmos situações negativas por medo. O medo nos paralisa e, não trilhamos outros caminhos.

Estamos na chuva da vida!

E quem está na chuva, tem que se molhar! Não devemos viver acuados. Sempre temos a possibilidade de recomeçar e mover em busca dos nossos sonhos, dos nossos desejos…

Recomeçar é imprescindível para conquistarmos novas etapas de vida!

Cuidado para não boicotar seus planos! Não justifique seus bloqueios!

Todos nós temos conflitos e medos para superar. A grande diferença está na capacidade de enfrentarmos os empecilhos que surgem e  mudarmos de estratégias se necessário for.

Criemos metas e planos atingíveis.

Que sejamos capazes de resistir aquilo que não nos faz bem.

E que nos tornemos capazes de ousarmos em busca de novas possibilidades!!!

E, como nos alerta Martha Medeiros:
“Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.
Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.
Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio.
Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.
Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.
Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.
Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.”
Fernanda de Cássia A. Silva* – Psicóloga (CRP 04/20389)

fernandadecassiasilva@gmail.com

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