DIREÇÃO DEFENSIVA

25 jun 2024

 

Direção Defensiva: o que é, quais são os tipos, como praticar e mais!

O que é direção defensiva?

Direção defensiva é dirigir de uma forma que evite acidentes, mesmo diante dos erros de outros e de condições adversas, como explica a Secretaria Nacional de Segurança Pública no manual Condutores de Veículos de Emergência.

Segundo o manual do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), direção defensiva “é a forma de dirigir, que permite a você reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, com seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros usuários da via”.

Ou seja, de forma resumida, a direção defensiva é a capacidade de prever ocorrências no trânsito e agir em tempo de evitar o acidente em iminência.

Nesse sentido, o condutor pode se deparar com algumas condições capazes de interferir na direção, como:

  • iluminação precária nas estradas;
  • ofuscamentos na direção noturna;
  • fatores climáticos, como nevoeiros, chuvas com alagamentos e ventos fortes;
  • interdições em vias;
  • manutenção do veículo;
  • cargas;
  • comportamento dos passageiros.

 

  • No entanto, a atenção é um dos principais elementos para o motorista manter a direção segura e, dessa forma, evitar as situações de perigo. Além disso, as leis são claras quanto aos fatores que podem interferir no trânsito:
    • conversas com os passageiros;
    • fatores externos que desviam o olhar do condutor;
    • Sonolência;
    • uso de telefone celular;
    • consumo de drogas e álcool.

 

 

 

 

Quais são os tipos de direção defensiva?

Para proporcionar um trânsito mais seguro, a direção defensiva apresenta duas categorias.

  • Direção defensiva preventiva: o motorista mantém uma atitude de evitar acidentes, isto é, ele prevê os riscos e dirige com atenção e cuidado;
  • Direção defensiva corretiva: são as ações que o condutor pode aplicar para evitar um acidente, caso seja exposto a imprevistos.

Por isso, ao manter uma postura de direção defensiva, as pessoas buscam ter noção dos arredores, notando mudanças nas vias e no clima. Além disso, é sempre importante ter atenção plena ao trânsito para ser capaz de reagir rapidamente se for preciso.

Manter o seu veículo com a manutenção preventiva e corretiva em dia também é uma das formas de dirigir de maneira defensiva, evitando que fatores mecânicos do veículo causem acidentes.

Quais são os 5 elementos da direção defensiva?

Não basta apenas saber o que é direção preventiva, é fundamental compreender como colocar as regras em prática.

Segundo o Manual do Condutor, desenvolvido pelo Governo Estadual do Distrito Federal, é preciso contar com cinco conceitos para que a direção defensiva seja colocada em prática: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.​

Confira cada um dos cinco conceitos abaixo!

1. Conhecimento

O condutor deve conhecer ao máximo tudo o que envolve direção e trânsito. Ou seja: leis, condições da via em que se desloca e todos os componentes do veículo, desde manutenção até os equipamentos.

Com conhecimento dos possíveis fatores de risco, é possível realizar um planejamento e definir estratégias para que acidentes sejam evitados.

2. Atenção​

Aqui, o condutor precisa estar atento a tudo que o cerca: seu carro, a via e outros motoristas. Por isso, algumas atitudes são proibidas, como dirigir ao celular ou com fone de ouvido.

Também existem hábitos que, apesar de não serem proibidos explicitamente, não são recomendáveis, como fumar ou comer na direção. Ainda que não sejam condutas especificamente vetadas no CTB, não são recomendáveis por conta de outros artigos do Código.

A lei só permite ficar com apenas uma das mãos no volante para fazer sinal com o braço, trocar de marcha ou acionar algum acessório do veículo, por exemplo.

3. Previsão​

O conceito refere-se à capacidade de pensar em situações que podem acontecer e, consequentemente, agir com cautela diante dessas eventualidades. Ele é dividido em dois tipos: previsão mediata e previsão imediata.

previsão mediata é aquela que vem antes de que algum problema ocorra. Já a previsão imediata é aplicada quando o motorista vê algum problema acontecendo, como o carro da frente realizando alguma manobra estranha, e toma ações para evitar se envolver em um acidente.

Por exemplo: quando o condutor se aproxima de um cruzamento com pouca visibilidade, prevê a possibilidade de outro carro em alta velocidade cruzar a via. Sendo assim, desacelera para observar se vem alguém.

Outra forma de exercitar a previsão é durante engarrafamentos, parando a uma distância segura do veículo da frente.

Ficar atento ao surgimento de pedestres em vias movimentadas ou verificar as condições dos pneus antes de sair em tempo chuvoso são outros exemplos de previsão na direção defensiva.

4. Decisão

Direção defensiva também é decidir, de maneira correta e na hora certa, que atitude tomar no trânsito.

Por exemplo: quando o condutor está atrás de um caminhão e deseja ultrapassar, não basta que o trecho tenha faixa seccionada permitindo a manobra. É preciso que exista visibilidade e espaço suficiente para a ultrapassagem.

Por isso, no trânsito, qualquer decisão deve levar em conta vários fatores, como o espaço-tempo-velocidade, o conhecimento de uma ação segura e assertiva para evitar o acontecimento de acidentes.

5. Habilidade

Por fim, a habilidade é a capacidade do condutor de utilizar o veículo e realizar qualquer manobra que seja necessária, em especial diante de situações adversas. Por exemplo: mudar a marcha, fazer curvas acentuadas ou frear repentinamente.

Ou seja, não basta apenas saber o que é direção preventiva e corretiva, é necessário saber colocar as regras em prática. Além disso, é importante estar por dentro de alertas a respeito do trânsito e sobre os possíveis pontos cegos nas estradas.

Direção defensiva: quais são as principais situações adversas?

Dentro do conceito de direção defensiva estão as situações adversas, aquelas condições que aumentam os riscos no trânsito. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) as define como fatores geradores de acidentes.

​As situações adversas podem ser: luz, tempo, via, trânsito, veículo e o próprio motorista. Confira cada uma delas:

  • Luz: quando há pouca ou excessiva luminosidade.
  • Tempo: quando há forte chuva, granizo, vento ou neblina.
  • Via: quando a via traz alguns fatores de risco, como buracos, declives acentuados e sinalização desgastada.
  • Trânsito: quando o trecho traz muito movimento, veículos em alta velocidade ou engarrafamento.
  • Veículo: quando o automóvel está com algum componente deficiente, como pneus desgastados ou sistema de arrefecimento comprometido.
  • Motorista: quando o condutor está enfrentando algum tipo de limitação física ou emocional, involuntária ou voluntária, como sono, mal-estar, efeitos resultantes de bebida alcoólica, preocupação em excesso ou ansiedade.

Para cada situação adversa, existem medidas que devem ser tomadas para evitar acidentes.

Com tempo ruim e visibilidade prejudicada, é preciso diminuir a velocidade e redobrar a atenção, ou, melhor ainda, procurar um lugar seguro e esperar. Nos casos em que o motorista não se sente bem, a recomendação é aguardar até que ele esteja apto para conduzir o veículo.

E quando o carro apresenta alguma deficiência ou desgaste, a recomendação é não o utilizar antes da situação estar resolvida.

Assista o vídeo produzido pelo SEST SENAT  VÍDEO